segunda-feira, 28 de setembro de 2009

divulgando...

No próximo sábado estarei participando de uma iniciativa interessante. O Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro está promovendo um curso destinado a eles com o título de "Famílias pós-divórcio: o que a escola tem a ver com isso?" Neste sábado há uma mesa de abertura do curso onde participarei com mais duas colegas: Leila Torraca de Brito, minha orientadora de doutorado e com muita experiência nos assunto desde a perspectiva da Psicologia Jurídica e Andreia Cardoso, mimha colega de doutorado, que estará publicando um livro neste dia. O tema principal de Andreia é a relação da escola com as famílias que viveram divórcios e separações. E este é um tema muito importante para reflexão. Como a escola tem incorporado as novidades que o divórcio traz para a parentalidade? Andreia tem encontrado muitas dificuldades e professores, orientadores, pais e alunos têm tentado descobrir novas formas para o diálogo entre a família e a escola quando às vezes os prórpios pais não conseguem uma boa conversa. Sobra mais para a escola? Para as crianças? Para os pais? Como esta conversa pode ser produtiva e criativa para melhor qualidade de relação entre todos. Afinal, é na escola que as crianças passam boa parte do seu tempo, muitas vezes até mais do que em casa ou com os pais. Dou notícias sobre os princiapis temas de conversa.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PERGUNTAS PARA AS MULHERES?PARA OS HOMENS?

Todos sabemos que é muito raro sair de uma relação e entrar em outra, sem um tempo para repensar a vida e resolver algumas pendências da relação anterior.
É sobre este momento que queria fazer algumas perguntas:

1 Você consegue sair de casa, entrar num restaurante que você adora e jantar sem companhia? Aparece uma sensação que todos estão olhando para você?

2 Você consegue passar uma semana sem se sentir um pouco por baixo, porque o lugar d@ ex ainda está vago?

3 Você é @ únic@ de suas relações que não tem alguém, como você se sente?

4 Você consegue passar por comemorações. como Réveillon, numa festa em que só tenham casais?
Ficar em casa, vendo televisão é a sua opção ?

5 Como é para você um final de domingo, quando não está acompanhad@ ?¨

6 Você se sente incomplet@ quando não está com alguém ao seu lado?

7 Você concorda com a ideia de que há preconceito por aqueles que estão sós? Quem sofre mais a mulher, o homen ou os dois de forma igual?

Se pelo menos, quatro destas perguntas não lhe trouxeram desconforto, parabéns ! Você está naquele grupo de pessoas, que sabem ser uma boa companhia para si mesmos, mesmo que por um tempo.Faz parte, também, do grupo que não cai na cilada que só pode ser feliz aquele que já refez sua vida rapidamente.
Se, por outro lado, a maior parte das perguntas lhe causou mal estar, ocasionou uma sensação desagradável de desprazer , cuidado! Algumas medidas precisam ser tomadas: como reativar sua rede de amigos, não ter um pensamento fixo que precisa urgentemente encontrar alguém. Seguir vivendo sua própria vida, se redescobrindo a cada momento é uma dica. Afinal, estar só não significa viver na solidão! O que acham?

Alô vocês, façam comentários, compartilhem suas experiências deste momento, entre a separação e ainda não ter encontrado outra pessoa. Com certeza vai ajudar a muita gente .

sábado, 19 de setembro de 2009

A PROPÓSITO....


Recebi há alguns meses essa tira e acho que tem tudo a ver com o post GAME OVER

Para ver só clicar na figura.

Posted by Picasa

GAME OVER

Estava eu dirigindo um pouco distraída, pelas ruas do Rio de Janeiro, quando paro num sinal vermelho. Paro atrás de um taxi e minha atenção foi logo atraída para um adesivo colado na parte traseira do carro. Adesivo esse que retratava um casal de noivos, com véu , fraque etc.., parecido com o que colei acima
Mas o que realmente chamou minha atenção foi o que estava escrito: “Game over”
Minha fantasia foi bem longe, sem poder saber ao certo o significado de qual jogo tinha acabado na vida daquele taxista.
E me deixei levar livremente pelos meus pensamentos. Tenho que confessar que como trabalho com separação,talvez tenha visto coisas além de um simples adesivo? Será? Não sei... mas os trajes das figuras...
Mas vamos viajar sem culpas de estar exagerando, é apenas uma viagem de brincadeira.
Aceitam o convite? Ok, vamos então.
O que será que faz alguém colocar um adesivo para falar que o jogo de um momento de sua vida terminou?
Se for referente a uma separação, é uma necessidade de se lembrar constantemente do fim? Mas por que colocar na parte traseira e não dentro do carro, lugar onde estaria constatemente se dando conta desse fim?
Na parte traseira, outros curiosos como eu iriam compartilhar desse final de alguma coisa .
Será de um casamento que não houve, será uma participação pública de uma separação?
Será uma desforra contra uma noiva ou mulher? Sim, o game is over com um toque sofisticado, pois está escrito em inglês.
Ameniza se dar conta da dor e mostrá-la para desconhecidos ?
Ou o alívio por algo que chegou ao fim , dá mais prazer mostrá-lo?
O que o mundo contemporâneo tem a ver com essa forma de comunicação? Antes sentimentos, de que tipo fossem, ficavam restritos a um ambiente de intimidade.
Hoje, nos Orkuts e outras redes de comunicação mostram-se retratos de casamentos, de nascimentos, de viagens etc... Faz-se declarações públicas de amor a alguém. Abrem-se as vidas de forma mais livre .
Para pensar....

terça-feira, 15 de setembro de 2009

AMAR


AMAR

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade
1902 -1987

AMAR !



AMAR !

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca
1894-1930




sábado, 12 de setembro de 2009

O DIVÓRCIO É A MELHOR OPÇÃO?

A pergunta acima é parte de uma mais completa: "quando o casal parece não ser capaz de resolver suas dificuldades conjugais, o divórcio pode ser a melhor opção?"e faz parte de uma pesquisa sobre a aceitação social do divórcio, realizada na Espanha, na Universidade de Granada pelo professor Diego Becerril Ruiz e publicada na Revista Española de Investigaciónes Sociológicas.
O interesante dessa pesquisa é que faz uma comparação entre 35 países e o desenvolvimento, ao longo da última década, da aceitação do divórcio como solução para casamentos com problemas.
O Brasil lidera o ranking como o país que mais aceita o divórcio, seguido da Espanha, Portugal, Austria e Chile, para citar alguns.
Em contrapartida, o Japão, dos países avaliados, apresenta o menor índice de aceitação, seguido por Filipinas, Estados Unidos( sim, não errei!) , Nova Zelândia, Suécia e Rússia etc…
O professor Berrecil levanta algumas hipóteses que se restringem ao contexto espanhol,levando em conta o perfil dos entrevistados, como genero, idade, escolaridade, estado civil, ideologia, religião , status social…
Na pesquisa, a familia permanece sendo uma instituição essencial do ser humano e é participante das transformações sociais.
No Brasil, 85% dos entrevistados vêem o divórcio como saída de um casamento disfuncional e 2% apenas se mostram a favor do casamento a qualquer custo.
Precisamos pensar o que tais números significam para nós e nossas características.
Por que será que aparecemos na frente de países com culturas muito mais liberais que a nossa?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

RITOS DE PASSAGEM

Os ritos ou rituais de passagem sempre tiveram importância na sociedade. Os rituais legitimam e organizam as mudanças, reafirmam a identidade dos indivíduos que estão vivenciando novos acontecimentos, assim como dão um sentido social a tais fatos.
Desde que nascemos, temos atos que ritualizam nossas vidas e que vão acontecendo cada vez que chegamos num ponto de transição. Para citar alguns: batizado, entrada na escola, bar mitzvah, formatura, primeiro emprego, casamento, filhos, morte... Os rituais podem estar presentes tanto em momentos de ganho, de chegada, como de partida, de perda e despedida.Podem ser leigos ou religiosos.Uma das características desses ritos é que se adaptam as mudanças da sociedade. E como tem havido mudanças! O crescimento do número de divórcios, é uma delas.
Nos Estados Unidos, rituais de divórcio estão se tornando comuns, já existe até uma indústria que fatura, organizando eventos, ao gosto do freguês. Aqui no Brasil, os movimentos ainda são discretos, mas acontecem.
O motivo central da ritualização do divórcio, segundo aqueles que a defendem, é “celebrar”, junto a rede familiar e de amigos, os novos desafios a serem enfrentados e etapas a serem reconstruídas. Os rituais servem para mostrar que os recém divorciados não estão sós e tem uma rede de apoio às suas decisões e posturas. Geralmente é um acontecimento para um dos membros do ex casal, os dois juntos é mais raro e vai depender como se deu a separação.
Se concordamos que o divórcio é um momento marcante no ciclo de vida dos envolvidos:
*você é a favor dos rituais de passagem, no caso do divórcio?
*você acha que essa celebração ajuda na adaptação a vida pós-divórcio?
*como poderia ser esse ritual?



quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NOVIDADES SOBRE O DIVÓRCIO II

Como Rosana escreveu há várias postagens atrás, a Câmara e o Senado estão sensíveis a questão do divórcio. Foi aprovado ontem, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, um projeto que autoriza uma nova forma de se obter o divórcio.
Se aprovado na Câmara, bastará que o pedido de separação seja feito aos juízes, pela internet.
No entanto, os pedidos de divórcio pela internet só podem ser concedidos para casais que não tenham filhos menores e a decisão for de comum acordo. O projeto de lei normatiza ainda a concessão de pensão de alimentos e a partilha de bens.
O objetivo desse projeto é dar agilidade aos processos, diminuir os custos para o casal e desafogar a Justiça.
Vocês são favoráveis a esse projeto?
No mês de junho, essa mesma comissão já tinha aprovado o fim da exigência de separação prévia do casal, para que o divórcio fosse concedido.
O que pensam sobre estas mudanças?
Não deixem de compartilhar suas impressões.