quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Novos números sobre separações e outros...

Ontem foi publicada a pequisa do IBGE sobre casamentos, separações e recasamentos no Brasil.
Não pretendo fazer chover dados estatísticos sobre a cabeça daqueles que nos acompanham, mas simplesmente mostrar a quantas andamos nesses assuntos.
Subiu o número de casamentos registrados em 2008 em relação a 2007. Segundo as explicações do Instituto, esse aumento deve-se a facilidade ao acesso aos serviços de registros, assim como o incentivo a casamentos coletivos.
Em compensação, os divórcios em 2008 atingiram a maior taxa desde 2004. Foram ao todo, entre separações e divórcios, perto de 300000 rompimentos. A guarda dos filhos, em quase 90%, dos casos, foi concedida às mulheres.
Também houve um aumento no número de recasamentos, onde pelo menos um cônjuges é divorciado ou viúvo. O Rio de Janeiro liderou no país o percentual de recasamentos em 2008.
Alguma surpresa?

domingo, 22 de novembro de 2009

Frases

Recebi essas frases por e-mail, não garanto a autoria, mas para um final de domingo,
espero que se divirtam um pouco...

Pablo Neruda:
"Casar pela segunda vez é o triunfo da esperança sobre a experiência"

Nelson Rodrigues:
"Na Antiguidade, os sacrifícios faziam-se no altar.
Atualmente esse costume perdura"

Tom Jobim:
"Quando me casei, descobri a felicidade. Mas já era tarde demais"

Woody Allen:
"Casar é a metade do divertimento, pelo dobro do preço"

Luiz Fernando Veríssimo:
"Quer conhecer tua namorada...casa!
Quer conhecer tua mulher...separa!"

Boa semana para todos.

domingo, 15 de novembro de 2009

Quando o outro é o responsável...

Sofrer é inerente a natureza humana. Não sou pessimista, mas o ser humano em algum momento da vida vai esbarrar num sofrimento.
Pensei em falar com vocês especialmente sobre um, que aparece muito na hora da separação de casais.
A separação, de uma forma geral, se dá por desejo ou vontade de um dos parceiros. Pode nascer aí um terrreno fértil para o aparecimento do sentimento que eu gostaria de trocar idéias: o ressentimento.
Vemos na clínica e na vida algumas pessoas que acabaram de se separar e se queixam que o ex é que é o grande culpado por sua dor, que ele estragou sua vida, que perdeu anos dedicado a um casamento para acabar assim...sofrendo, triste, abandonado. Começa a aparecer a figura do ressentido.Tem sempre um alvo para dirigir sua mágoa, que é o ex, com quem tem contas a ajustar. A infelicidade do ressentido é sempre devido a uma atitude de outra pessoa . Ele é a vítima e outro o algoz. Essa equação se enraíza de tal forma, que o ressentido vira um ser ruminante da própria raiva. É incapaz de esquecer ou superar algo que lhe aconteceu, atribuindo sempre ao outro seu sofrimento. As acusações ao outro são constantes, não se percebe um movimento para romper com esse estado de sofrimento.
Será que existe algum ganho em se manter assim? Talvez... não se responsabilizar por sua vida, como todo ser adulto, mantendo-se passivo e delegando sua vida ao outro. A pessoa fica se alimentando de amargura e a sua vida fica estagnada, não percebendo brechas para mudanças.


ps para aqueles que quiserem se aprofundar nesse tema tem ótimo livro de Maria Rita
Kehl,cujo título é Ressentimento, da editora Casa do Psicólogo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Detalhes?


Ultimamente tenho pensado muito nos detalhes do cotidiano que são afetados por uma separação. Geralmente pensamos na dor, no luto, nos ganhos, nas novas perspectivas de forma abstrata somente. Mas, todas estas grandes coisas aparecem nas pequenas coisas do dia a dia. Lembrei-me de um amigo que contava que meses depois de se mudar de apartamento ainda, automaticamente, buscava o interruptor da luz no lugar antigo. Quantas vezes nos mudamos de casa e após um dia de trabalho vamos sem querer para o endereço antigo? Então, independente mesmo de amor ou vontade, passamos algum tempo convivendo com estas memórias do corpo, do cotidiano, encarnadas nos detalhes. A primeira vez que acordo em um lugar diferente: minha nova casa, a casa nova do meu pai. A primeira vez que ao acordar não vejo alguém. A primeira vez que vejo a agenda da escola e aprendo os horários dos meus filhos. Ganhos e perdas, apendizados novos e memórias que vão se concretizando a cada minuto em um trabalho incessante. Boa semana para todos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Um post bem pequeno

Tirei do livro Olha o olho da menina, de Marisa Prado, com ilustrações do
Ziraldo uma frase, que já sabemos, mas nunca é demais lembrar, relembrar e
lembrar de novo.

"...E toda dor, se dividida fica dor menos doída."

domingo, 1 de novembro de 2009

SOBRE O AMOR

Afinal o que é o amor? O que é o amor de pais para filhos? É possível obrigar alguém amar um filho? Questões como essas nos aparecem quando pensamos em abandono afetivo e suas consequências nas relações de família.
Abandono afetivo se dá naqueles casos em que os pais que, por uma ou outra razão, não visitam e nem convivivem com os filhos, após a separação. O suporte material é mantido, através da pensão alimentícia, mas o moral não.
Entrando neste assunto delicado, o deputado Carlos Bezerra e o senador Marcelo Crivella apresentaram dois projetos de lei, em que pedem a possibilidade de cobrança de indenizaçãopelos danos morais, decorrentes do abandono afetivo. Segundo os parlamentares, a pensão alimentícia não esgota os deveres dos pais em relacão aos filhos.
Os advogados de família fazem declarações contraditórias a esse respeito. Para alguns essa lei é importante porque garante um convívio entre pais e filhos, mesmo que tal atitude seja imposta, porque o convívio com os filhos é dever dos pais. No entanto, outros entendem que o amor compulsório é pior que a ausência.
Depois de tantas ideias provocadas por um tema tão polêmico, ficam perguntas sobre o amor.
O que é o amor de pais para filhos, como perguntei no início? É incondicional, é instintivo, é inerente a condição humana? Ou precisa ser construído no cotidiano, na convivência constante, feito de pequenos detalhes, até imperceptíveis para os que estão de fora? O amor paterno precisa ser alimentado e aprendido no trato diário com os filhos? São os pais cuturalmente abastecidos de modelos de paternidade?
O amor de pais para filhos deve ser garantido por lei ou construído na convivência do dia a dia?
Para pensar...