quarta-feira, 6 de julho de 2011

Efeito dominó


-Sabe Fulano e Fulana... acabaram de se separar !
- Não acredito, mentira! Eles nunca brigavam, era um casal modelo para nosso grupo. Como?
- Pois é, foi assim de repente . Quem iria prever tal coisa, eu fiquei boba de saber. Se eu tivesse que fazer uma lista de casais divorciáveis, eles estariam em último lugar.Fulana não me falou muito, mas Fulano já está morando num apart-hotel.

Quando um casal que faz parte de um grupo, parece sempre estar feliz e unido, se separa, acontece como se fosse uma explosão, que afeta aqueles que o cercam.
É o que podemos chamar de efeito dominó . No diálogo que reproduzi acima, falo da incredulidade e da dificuldade de aceitar, que talvez os "nossos modelos ", não sejam tão "perfeitos"assim...

Quando um casal se separa , isso vai ter repercussão no grupo de amigos e nos familiares mais próximos. Alguns casais podem vir a colocar suas relações em cheque. Estou feliz com fulana/o? Será que me acomodei e sequer percebo que não estou satisfeito/a?

A separação, assim como o casamento, pode ser idealizado pelos amigos . Mas começar a pensar sobre sua própria relação também é saudável.


Não se pode pensar em um modelo único de casamento. Talvez pensar que cada casal tem arranjo de vida muito particular, o que funciona para uns não funciona para outros. São pessoas distintas que fazem com que cada relação seja singular. Por mais que se identifiquem, as pessoas não são iguais. Ampliando esta visão, por mais afinidade que um grupo de casais possa ter, a forma com cada um que lida com as questões da vida, implica em toda uma singulariedade, que nos torna tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes como seres humanos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Japoneses comemoram divórcio com festa!

Se, no Brasil, ainda estamos estranhando a presença da ex no novo casamento do homem, e vive-versa, no Japão já temos novidades sobre uma questão muito controvertida: os rituais para a separação. Esse é um tema que sempre promove questionamentos e debates. Afinal, como seria um ritual para o divórcio? É uma celebração? Se dá parabéns ou pêsames? Como se comportar? Quem vai estar presente? E, antes de tudo isso: faz sentido um ritual para a separação conjugal? Enfim, vou apenas "levantar a bola" inspirada na reportagem do Jornal Hoje do dia 04/07 que retrata uma cerimônia que ritualiza o divórcio. Ela foi criada no Japão e originou inclusive uma nova profissão: o organizador de divórcios. Alguém se habilita?
Também me chamou a atenção a conexão com os terremotos e tsunamis.  Como esses momentos limite levam as pessoas a redimensionar suas vidas e relações. Mas, isso já dá outra conversa.... No momento estou curiosa com o que vocês tem a dizer sobre a ritualização do divórcio. Abaixo o link para o video. 
http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/japoneses-comemoram-os-divorcios-com-festa/1554195/

sábado, 2 de julho de 2011

Até a ex apareceu!!!

Com esta frase a repórter da Rede TV se refere ao fato de que no casamento de Marcello Antony sua ex- mulher, a também atriz Monica Torres, foi convidada, aceitou o convite e foi ao evento... A capa da revista Caras desta semana também dá destaque à presença. Minha atenção foi capturada por esse destaque da revista e resolvi pesquisar na rede e percebi que a presença da ex no casamento parece ter sido surpreendente ou motivo de destaque em todas as reportagens. Dando também destaque ao fato de que a ex, Monica, compareceu ao casamento com seu atual marido. Ela também se casou... Os filhos de todos (da noiva e do noivo) estavam presentes.
Fiquei tocada por todo esse alvoroço em torno da presença da ex no casamento. Para além da possível falta de assuntos mais impactantes no terreno das celebridades, me fez pensar que ainda temos a expectativa de que ex-maridos e ex-mulheres não conseguirão ser amigos, parceiros, ou mesmo ter uma relação de carinho e confiança. Claro que, ao destacar tal fato, a revista até pode ajudar, chamando atenção para a possibilidade. Quem sabe, os fãs vão querer, a partir de agora, imitar o comportamento dos ídolos e ter relações menos adversariais com seus ex.
Para os filhos dos atores deve ter sido bom poder estar com os pais, não ter que viver uma tensão por um ou dois casamentos. Bom, isso estou eu imaginando, desejando, que o que aparece nas notícias seja verdade. Todas as notícias à época da separação de Marcello e Monica atestam por seus depoimentos que mantiveram a separação em segredo para preservar os filhos e que continuam morando no mesmo condomínio para facilitar o acesso das crianças aos dois. Louvável.
Porém, o assunto aqui não se refere exatamente aos casais desfeitos ou novos, mas ao senso comum e ao papel da mídia em relação às situações de separação e divórcio. O destaque dado à presença de ex no casamento denota a surpresa, o inusitado da situação. Não é esperado por nós que o pai e mãe dos filhos possam conviver e partilhar situações tão importantes para os próprios filhos como os novos casamentos dos pais e mães... Eu bem sei que isso realmente não acontece em muitos casos e que os novos casamentos costumam, muitas vezes,  remexer em feridas antigas. Mas, mesmo assim, ingênuamente ou não, acho que poderia ser mais corriqueiro que fosse assim como foi com os atores...