segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Que tal se hoje pensássemos em coisas que dão certo?


Quase todo o tempo que falamos de separação, falamos de dor, sofrimento, das dificuldades de adaptação e da confusão que pode ser a reorganização da vida de todos. Já incluímos filhos, família extensa, amigos, bichinhos de estimação, etc, nas nossas reflexões. Ok, é difícil mesmo! Mas, não podemos esquecer, aliás, é importantíssimo não esquecer, que, em geral, nos separamos para melhorar as coisas. Buscamos algo que não estamos conseguindo daquele jeito e tentamos de outro. E, há muitos e muitos casos em que as coisas ficam realmente muito melhores. Há separações que não causam tanto estrago, ou que consertam muitas coisas. Há separações que trazem esperança. Renovam vidas. Permitem novos sonhos. Há pessoas que conseguem separar-se sem brigas, com respeito e comunicação. Conseguem bons  acordos e não precisam se distanciar daquelas pessoas que são importantes. Há ex-casais que se mantém parceiros em relação aos filhos, amigos até. Há filhos de várias relações convivendo fraternamente. E antigos e novos cônjuges convivendo e exercendo a parentalidade de maneira colaborativa e harmoniosa. Conflitos fazem parte da vida humana. Não há separação ou união sem eles. Mas, há muitas maneiras de lidar com conflitos e muitas delas trazem crescimento, esperança e novas possibilidades. No último grupo que realizamos com pais, mãe e filhos de famílias que passaram por separações, havia gente cuja experiência era definida como boa: uma separação tranquila em que as coisas se encaminharam para novos e mais férteis rumos. Muitos participantes do grupo, se espantavam e levavam a experiência dos outros como uma esperança. "Existe a possibilidade de ser diferente!". Ainda acho lamentável que a boa experiência nesse caso, seja a diferente, mas espero que caminhemos para um futuro em que a convivência nas famílias que passam por divórcios e separações seja mais harmônica e mais acolhedora para todos os que vivem nelas ou convivem com elas. Afinal, são quase a metade de todas as famílias! Convido a todos a pensarem, lembrarem e compartilharem histórias em que as separações trouxeram além da dor e da perda, ganhos e esperança. Trouxeram aprendizados que não teríamos sem ela. Quanto podemos aprender com essas famílias?
Quem tem uma boa história pra contar? Para aquecer, um link abaixo de uma reportagem em que uma família conta uma boa história.
Boa semana a todos!


http://g1.globo.com/globo-reporter/videos/t/edicoes/v/conheca-a-casa-em-que-filhos-filhas-netos-netas-e-ate-os-ex-sao-bem-vindos/2764244/